O PILOTO

 

vicent

VICENTE BORGES nasceu no dia 14/05/1962, no distrito do Faustino, município de Iaçu, estado da Bahia.  Filho de uma professora, ADELINA BORGES DA SILVA, e de um agricultor, LAURIANO ROCHA DA SILVA, antes de completar 9 anos, já dirigia a Rural do seu pai. Para tanto, “inventava” um defeito no carburador e levava a Rural para debaixo de uma árvore, onde desmontava a peça, fazia uma limpeza e depois ia “testar” na estrada que dava acesso ao Arroz (nome de uma fazenda existente na região).

Para que pudesse dirigir a Rural, usava um travesseiro no banco. Já os pedais (acelerador, freio e embreagem) só alcançava com as pontas dos pés, escorando no volante do veículo.

Assim foi crescendo. Aos 12 anos tinha muita vontade de dirigir um caminhão. Foi aí que apareceu um caminhoneiro, que estava carregando abóboras trazidas pela Rural dirigida pelo VICENTE BORGES e este não perdeu a oportunidade de revelar a vontade de comandar o Mercedes Benz 1113, truncado, do motorista gaúcho. Depois que o “bruto” estava carregado, o gaúcho chamou o VICENTE e foi dizendo: -“Vai lá tchê, manobra o caminhão e trás até aqui, que vou seguir viagem”. Para não perder tempo, saiu da frente da igreja (onde algumas pessoas conversavam) e, com a Rural, foi “voando” até o Mercedes, que deveria estar com umas 13 toneladas. Verificou se o câmbio se encontrava no neutro (“ponto morto”) e para não ser surpreendido pisou na embreagem do “bicho”. Ligou a chave e apertou o botão de partida. Nem acreditava no que estava acontecendo…   Engatou a marcha-ré e percebeu o enorme campo de visão que tinha a sua disposição, devido aos grandes retrovisores.  Depois de, aproximadamente, trinta metros, pisou no freio e ouviu um forte “respiro” do balão de ar. Engatou a primeira marcha, a segunda, e parou próximo do gaúcho.  -“Guri danado. Tu vai ser um grande motorista”.O gaúcho foi embora. A saudade ficou. Como era gostoso dirigir um caminhão… Aos 14 anos mudou-se para Maria da Fé, Minas Gerais, para a casa do seu Tio, EDSON BORGES (um militar, comandante do destacamento da cidade) para continuar os estudos (sonhava ser advogado). Nessa belíssima cidade, de pessoas maravilhosas, fez muitos amigos, com os quais mantém contato até hoje (MARCOS, FLÁVIO, LUIZINHO KOBAYACHI, OLAVO, ETC…). Aproveitava que o seu tio “tirava uma soneca”, pegava a chave do chevette e ia dar umas voltinhas. Até que um Sargento resolveu “abrir o bico” e o tio do VICENTE ficou sabendo de tudo.

Levou uma tremenda bronca: “Você está maluco, eu tenho que dar exemplo, o que os outros menores vão dizer quando forem presos por estarem dirigindo, etc… etc…” Hoje, VICENTE sabe que o seu tio tinha toda razão.   Concluiu o primeiro grau, na excelente ESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DE LOURDES, que era administrada pelo saudoso Padre Juca. Posteriormente, mudou-se para São Paulo. Concluiu o segundo grau na ESCOLA ESTADUAL CAETANO DE CAMPOS, no bairro da Aclimação. Em seguida, ingressou na FACULDADE DE DIREITO, para realizar o seu sonho (ser advogado).Depois de cinco anos, após receber o diploma de BACHAREL EM DIREITO, havia chegado o grande momento, de enfrentar o exame da ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL e concretizar o seu grande sonho. Passou nas provas iniciais e, finalmente, enfrentou uma banca examinadora, composta de três membros, para o exame oral (era o mais difícil). Quando saiu o resultado, afixado na porta da OAB/SP, na Praça da Sé, lá estava escrito: “APROVADO”. Foi um dos dias mais felizes em sua vida. Posteriormente, concluiu o curso de  PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL e, em seguida, PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DE PROCESSO CIVIL, além de dezenas de cursos, vindo a especializar-se na área de RESPONSABILIDADE CIVIL. Como sempre foi amante da velocidade, VICENTE BORGES era um excelente cliente da prefeitura e do Estado de São Paulo.

Foram várias multas por excesso de velocidade. Foi aí que alguns amigos, também amantes de velocidade, tiveram a idéia de disputar corridas. Começaram, então, a freqüentar alguns kartódromos em São Paulo. Na primeira corrida que participou, sem nunca ter guiado um kart, chegou em quarto lugar.Gostou da brincadeira e passou a correr, inicialmente, uma vez por semana no kartódromo PIT STOP na Av. Salim Farah Maluf. Foram várias vitórias e muitos troféus de 1º lugar (além de vários biscoitos TOSTINES – que patrocinava o kartódromo).

Em seguida, passou a correr no Kartódromo do RAUL BOESEL (Ponte da Vila Guilherme – Marginal Tietê), com mais freqüência (como cada vitória ganhava uma camiseta, fez uma coleção delas). Lá, conseguiu excelentes amizades que continuam até hoje, como AUDIE MARTINS (Comandante da Tam e que também é apaixonado por velocidade); WILSON PASCHOALIN (hoje mecânico da VKR); EDUARDO MARÇON (da SAFE DRIVING SCHOOL) e muitos outros. Enfim, esta é uma rápida biografia de um piloto temido por sua coragem, força de vontade, de sempre querer aprender algo mais e que tem como filosofia de vida a seguinte frase:  “QUEM TEME PERDER, JÁ ESTÁ VENCIDO” (do regulamento do Judô – que chegou a lutar por alguns anos) e  que nunca achou que o “importante é competir”. Para ele, o IMPORTANTE É VENCER, VENCER E VENCER… MAS SEMPRE DENTRO DA LEGALIDADE.

Os comentários estão desativados.


vicenteborges@vicenteborges.com.br